Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Simira rubra (Mart.) Steyerm. DD

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 12-06-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie arbórea de grande porte na floresta pluvial da encosta Atlântica nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Estudos de ecologia de comunidades evidenciam a ocorrência da espécie em baixas densidades, de 1 a 6 indivíduos por hectare. Encontrada em unidades de conservação em ambos os estados. Distribuição geográfica aparentemente restrita, mas há ocorrências para Minas Gerais e Bahia associados aos sinônimo S. viridiflora que precisam de revisão e validação, pois se forem confirmados, aumentarão muito a distribuição da espécie.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Simira rubra (Mart.) Steyerm.;

Família: Rubiaceae

Sinônimos:

  • > Simira viridiflora ;
  • > Arariba rubra ;
  • > Sickingia oliveri ;
  • > Sickingia rubra ;
  • > Simira oliveri ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Mem. New York Bot. Gard. 23: 307. 1972. Caracteriza-se por apresentar folhas oblongo-lanceoladas a espatuladas, ápice obtuso a acuminado e presença de indumento até a parte mediana dos filetes. A coloração vermelha ou rósea que o caule e os ramos adquirem após corte, as folhas com base cuneada a ligeiramente auriculada e os frutos com valvas bipartidas são caracteres que auxiliam no reconhecimento da espécie em campo. Nomes populares: "Araribá-branca", "Araribá-roxa" e "Araribá-rosa" (Silva Neto, 2000).

Dados populacionais

Em estudo realizado em área de mata ciliar do Rio Araguari, município de Uberlândia, em Minas Gerais, foi amostrado apenas 1 indivíduo em uma área de 1,1ha (Rodriguez, 2007).

Distribuição

Endêmica do Brasil; ocorre em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Barbosa, 2012); no Parque Nacional do Itatiaia, ocorre entre 650-800m de altitude (Silva Neto, 2006).

Ecologia

Caracteriza-se por árvores de até 32m de altura; possui flores hermafroditas; floresce predominantemente nos meses de Novembro a Janeiro, e frutifica cerca de 30 dias após a floração (Silva Neto, 2000); umbrófila, anemocórica (Rodrigues, 2007).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescentefoi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção. Antes cobrindo áreasenormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos defragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criaçãode gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatasda perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populaçõeshumanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano(pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiroaceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola(açúcar, café e soja). A derrubada deflorestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 deflorestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Em Perigo (EN) pela Lista vermelha daflora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4.3 Management
Observações: Ocorre em Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Prainha, Estação Ecológica Estadual do Paraíso, Parque Estadual da Serra da Tiririca, Reserva Biológica do Tinguá e Reserva Biológica de Poço das Antas, no estado do Rio de Janeiro; Parque Estadual da Serra do Mar, em São Paulo (CNCFlora, 2011).

Referências

- RODRIGUES, V.H.P. Composição, estrutura e aspectos ecológicos da mata ciliar do Rio Araguari no triângulo mineiro. Mestrado. : Universidade Federal de Uberlândia, 2007.

- BARBOSA, M.R. Simira rubra in Simira (Rubiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB039344>.

- SILVA NETO, S.J. O gênero Simira Aubl. (Rubiaceae, Rondeletieae) no Brasil extra-amazônico. : Universidade Federal do Rio de Janeiro (Museu Nacional do Rio de Janeiro), 2000.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- ZAPPI, D.; BARBOSA, M.R.V.; CALIÓ, M.F. ET AL. Rubiaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.449-461, 2009.

Como citar

CNCFlora. Simira rubra in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Simira rubra>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 12/06/2012 - 20:06:45